A formalidade esperada nas relações entre líderes internacionais passa longe dos hábitos do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Desde que assumiu o cargo, há dois anos, o representante já deu abraços calorosos no presidente americano Barack Obama e no francês François Hollande. Quando precisa manter as aparências, como no encontro com príncipe William, Modi não deixa que seus parceiros escapem sem um aperto de mão, às vezes vigoroso demais.
As atitudes um pouco exageradas do primeiro-ministro indiano ficaram conhecidas no mundo e costumam surpreender os líderes estrangeiros, resultando em imagens constrangedoras. Em janeiro, na viagem de Hollande à Índia, Modi pôde ser visto colocando as mãos na cintura do presidente, abraçando o político francês por trás. Em outra oportunidade, em 2015, o indiano foi à sede do Facebook e, ao ser filmado ao lado de Mark Zuckerberg, puxou o empresário pelo braço para que ele se virasse para as câmeras.A personalidade pegajosa de Modi pode ser considerada inocente, mas já foi motivo de crítica entre indianos por parecer mais uma demonstração de seu apego pelas aparências. Desde 2014, o primeiro-ministro também ficou famoso por postar inúmeras selfies nas redes sociais e por ter um senso de moda peculiar. Em um encontro com Obama, vestiu uma roupa com seu próprio nome bordado mil vezes no tecido.
O apreço por contato físico de Modi é visto por alguns pesquisadores como um movimento consciente. Abraçar líderes estrangeiros em frente às câmeras demonstra certa intimidade e coloca a Índia, que luta com legados do colonialismo em sua história, em pé de igualdade com nações ocidentais. "Ele está tentando dizer ao mundo que é um semelhante, um amigo, e é muito afetuoso", disse o biógrafo Nilanjan Mukhopadhyay à rede BBC. "Modi é um artista", explicou.
(Da redação)http://veja.abril.com.br/
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